050 - mulher branca desaparecida: lucas ed é investigador da polícia

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Em 2004, em uma conferência de jornalistas negros, a brilhante âncora de TV estadunidense Gwen Ifill disse: eu chamo isso de síndrome de mulher branca desaparecida, o que significa que, se há uma mulher branca desaparecida, você vai cobrir isso TODOS os dias. Desde então, cientistas sociais e estudiosos de mídia nos Estados Unidos têm usado essa expressão para questionar e chamar atenção para a desproporção entre a cobertura midiática que é feita quando uma mulher branca desaparece, quando comparamos com outros tipos de  desaparecimentos, como os de mulheres indígenas e negras.  A expressão da Gwen Ifill já chegou até na ficção. No terceiro episódio da terceira temporada de You, da Netflix, uma mulher branca desaparece da vizinhança, inspirando uma intensa cobertura midiática. Uma personagem negra descreve a situação: ”síndrome da mulher branca desaparecida, o passatempo favorito dos Estados Unidos, ao lado do pornografia”. Inspirados por uma conversa entre Helen Rosner e Jean Murley publicada no New Yorker, sobre a síndrome da mulher branca desaparecida e o caso da Gabby Petito, uma youtuber de 22 anos, convidamos Lucas Ed, investigador da polícia civil e doutorando em psicologia social para conversarmos sobre pessoas desaparecidas. 

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